Essas dicas foram dadas pelo quadrinista Moebius em uma palestra dada na cidade do México em 1996, originalmente em espanhol.
Não pude achar o texto original, então estou traduzindo livremente para o português a partir de uma tradução para o inglês feita pelo ilustrador William Stout.
Se você domina a língua inglesa, recomendo ler o texto no site de Stout, onde além das dicas de Moebius, ele faz um breve comentário sobre cada uma.
1. Quando for desenhar, você deve primeiro se livrar de emoções fortes, como ódio, alegria, ambição, etc.
2. É muito importante educar sua mão. Faça ela alcançar um alto nível de obediência para que possa expressar sua idéia apropriadamente. Mas tenha muito cuidado em tentar obter muita perfeição, assim como muita velocidade como um artista. Perfeição e velocidade são perigosos. Quando você produz desenhos que são muito rápidos ou muito soltos, além de cometer erros, você corre o risco de criar uma entidade sem alma ou espírito.
3. Conhecimento de perspectiva é de suprema importância. Suas leis nos dão uma boa e positiva maneira de manipular ou hipnotizar seus leitores.
É melhor trabalhar a partir da realidade e desenhar em espaços reais, ao invés de tentar criar sua perspectiva por cópia de fotografias.
4. Outra coisa a ser abraçado com afeição é o estudo do corpo humano – sua anatomia, posições, tipos de corpo, expressões, construção, e a diferença entre pessoas.
Desenhar um homem é muito diferente de desenhar uma mulher. Com homens, você pode ser mais solto e menos preciso na sua retratação; pequenas imperfeições podem muitas vezes dar personalidade. Seu desenho de uma mulher, entretanto, tem que ser perfeito; uma única linha mal colocada pode envelhecê-la dramaticamente ou fazê-la parecer chata ou feia. Daí, ninguém vai comprar seu quadrinho!
Para o leitor acreditar na sua história, seus personagens devem parecer ter uma vida e personalidade próprias.
Seus gestos físicos devem parecer emanar das forças, fraquezas e incertezas de sua personalidade. O corpo se transforma quando é trazido à vida; existe uma mensagem em sua estrutura, na distribuição de sua gordura, em cada músculo, em cada ruga, dobra ou defeito da face e do corpo. Isso se torna um estudo da vida.
5. Quando você começa uma história, você pode começa-la sem saber tudo, mas você deve tomar notas ao longo do caminho a respeito das particularidades do mundo em sua história. Tais detalhes vão providenciar a seus leitores características reconhecíveis que vão despertar seu interesse.
Quando um personagem morre em uma história, a não ser que ele tenha tido sua história pessoal retratada de alguma maneira em seu rosto, corpo ou atitude, o leitor não vai ligar; seu leitor não vai ter nenhuma conexão emocional.
Seu editor pode dizer, “sua história não tem valor; só tem um cara morto – eu preciso de vinte ou trinta caras mortos pra isso funcionar.” Mas isso não é verdade; se o leitor sente que o cara morto ou caras ferido ou machucados ou quem quer que esteja em apuros tenha uma personalidade vinda de seus próprios estudos da natureza humana – com a capacidade de um artista para tais observações – emoções irão surgir.
Por meio de tais estudos você irá desenvolver e ganhar a atenção de outros, além de compaixão e amor pela humanidade.
Isso é muito importante pro desenvolvimento de um artista. Se ele quer funcionar como um espelho da sociedade e humanidade, este espelho deve conter a consciência do mundo inteiro; ele deve ser um espelho que vê tudo.
6. Alejandro Jodorowsky diz que eu não gosto de desenhar cavalos mortos. Bem, é muito difícil.
Também é muito difícil desenhar um corpo dormindo ou alguém que foi abandonado, porque na maioria dos quadrinhos é sempre a ação que está sendo estudada. É muito mais fácil desenhar pessoas lutando – é por isso que os americanos quase sempre desenham super-heróis. É muito mais difícil desenhar pessoas que estão conversando, porque isso é uma série de pequenos movimentos – pequenos, mas cheios de significado.
Isso conta mais por causa de nossa necessidade humana por amor ou pela atenção dos outros. São essas pequenas coisas que falam de personalidade, da vida. A maioria dos super-heróis não tem nenhuma personalidade; todos eles usam os mesmos gestos e movimentos.
7. Igualmente importante são as roupas de seus personagens e o material de que elas são feitas.
As texturas delas criam uma visão das experiências de seus personagens, de suas vidas e de seu papel em sua aventura de uma forma que muito pode ser dito sem palavras.
Em um vestido existem mil dobras; você tem que escolher duas ou três – não desenhe todas. Apenas se certifique que você escolheu as duas ou três boas dobras.
8. O estilo, a continuação estilística de um artista e sua apresentação pública são cheias de símbolos; eles podem ser lidos como uma baralho de tarô.
Eu escolhi meu nome “Moebius” como uma piada quando eu tinha 22 anos – mas, na verdade, o nome veio a resoar com significado.
Se você chega usando uma camiseta do Don Quixote, isso me diz quem você é.
No meu caso, fazer um desenho de relativa simplicidade e indicações sutis é importante pra mim.
9. Quando um artista, um verdadeiro artista, sai na rua, ele não vê as coisas da mesma maneira que uma pessoa “normal”.
Sua visão única é crucial para documentar um meio de vida e as pessoas que vivem nele.
10. Outro elemento importante é a composição.
A composição em nossas histórias deve ser estudada porque uma página ou uma pintura ou um painel é uma face que olha o leitor e fala com ele. Uma página não é apenas uma sucessão de painéis insignificantes.
Existem painéis que são cheios, outros que são vazios, alguns são verticais, outros horizontais; todos são indicações das intenções do artista.
Painéis verticais excitam o leitor, horizontais o acalmam.
Para nós do mundo ocidental, movimento em um painel da esquerda pra direita representa uma ação para o futuro. Movimento da direita pra esquerda move a ação para o passado. As direções que indicamos representam uma dispersão de energia. Um objeto ou personagem colocado no centro de um painel foca e concentra energia e atenção.
Estes são símbolos e formas básicas de leitura que evocam no leitor uma fascinação, uma forma de hipnose. Você deve ser consciente do ritmo e colocar armadilhas pro leitor cair pra, quando ele cair, ele se perca, permitindo que você o manipule e mova dentro de seu mundo com facilidade e prazer. Isso porque o que você criou é um estudo da vida.
Você deve estudar os grandes pintores, especialmente os que falam por suas pinturas. Suas escolas de pintura, gêneros ou períodos em que trabalharam não devem importar.
Sua preocupação com composição física e emocional devem ser estudada pra que você aprenda como sua combinação de linhas serve pra nos tocar diretamente em nossos corações.
11. A narração deve harmonizar com os desenhos. Tem que existir um ritmo visual criado pela colocação dos textos. O ritmo de seu roteiro deve refletir na sua cadência visual e na forma como você comprime e expande o tempo.
Como um cineasta, você deve ter muito cuidado em como você escolhe seus personagens e como você os dirige. Use seus personagens ou “atores” como um diretor, estudando e depois selecionando dentre todos os takes dele.
12. Cuidado com a influência devastadora dos quadrinhos norte-americanos.
Os artistas mexicanos (também se aplica aos brasileiros) parecem estudar apenas seus efeitos superficiais; um pouco de anatomia misturado a composições dinâmicas, monstros, lutas, gritos e dentes. Eu gosto de algumas dessas coisas também, mas existem muitas outras possibilidades e expressões que também merecem sua exploração.
13. Existe uma conexão entre música e desenho. O tamanho dessa conexão depende de sua personalidade e o que está acontecendo no momento.
Nos últimos 10 anos eu tenho trabalhado em silêncio; pra mim, existe música no ritmo de minhas linhas. Desenhar muitas vezes é uma procura por descobertas. Uma linha precisa, belamente executada é como um orgasmo!
14. Cor é uma linguagem que o artista gráfico usa pra manipular a atenção de seu leitor além de criar beleza.
Existem cores objetivas e subjetivas. O estado emocional dos personagens pode mudar e influenciar a cor de um painel a outro, assim como lugar e hora do dia. Um estudo especial e atenção devem ser dados à linguagem da cor.
15. No começo da carreira de um artista, ele deve se envolver na criação de histórias curtas de alta qualidade. Ele tem mais chance (do que com histórias longas) de completá-las com sucesso, enquanto mantém um alto padrão de qualidade. Também será mais fácil coloca-las em um livro ou vendê-las a uma editora.
16. Tem horas que sabemos estar seguindo um caminho de fracasso, escolhendo o tema ou assunto errado pras nossas capacidades, ou escolhendo um projeto que é muito grande, ou uma técnica que não combina.
Se isso acontecer, você não deve reclamar depois.
17. Quando um trabalho novo é enviado a um editor e é rejeitado, você deve sempre perguntar e tentar descobrir as razões pra rejeição.
Estudar as razões de nosso fracasso, só assim podemos começar a aprender. Não é sobre ter problemas com nossas limitações, com o público ou com os editores.
Você deve tratar isso de uma maneira mais aikido. É a própria força e poder de seu adversário que são usados como a chave de sua derrota.
18. Hoje é possível expor nossos trabalhos pra leitores em qualquer parte do planeta. Precisamos estar sempre conscientes disso.
Pra começar, desenhar é uma forma de comunicação pessoal – mas isso não significa que um artista deve se fechar dentro de uma bolha. Sua comunicação deve ser pra aqueles esteticamente, filosoficamente e geograficamente próximos a ele, assim como para si mesmo – mas também pra totais estranhos.
Desenhar é um meio de comunicação pra grande família que ainda não encontramos, para o público e para o mundo.
Não pude achar o texto original, então estou traduzindo livremente para o português a partir de uma tradução para o inglês feita pelo ilustrador William Stout.
Se você domina a língua inglesa, recomendo ler o texto no site de Stout, onde além das dicas de Moebius, ele faz um breve comentário sobre cada uma.
1. Quando for desenhar, você deve primeiro se livrar de emoções fortes, como ódio, alegria, ambição, etc.
2. É muito importante educar sua mão. Faça ela alcançar um alto nível de obediência para que possa expressar sua idéia apropriadamente. Mas tenha muito cuidado em tentar obter muita perfeição, assim como muita velocidade como um artista. Perfeição e velocidade são perigosos. Quando você produz desenhos que são muito rápidos ou muito soltos, além de cometer erros, você corre o risco de criar uma entidade sem alma ou espírito.
3. Conhecimento de perspectiva é de suprema importância. Suas leis nos dão uma boa e positiva maneira de manipular ou hipnotizar seus leitores.
É melhor trabalhar a partir da realidade e desenhar em espaços reais, ao invés de tentar criar sua perspectiva por cópia de fotografias.
4. Outra coisa a ser abraçado com afeição é o estudo do corpo humano – sua anatomia, posições, tipos de corpo, expressões, construção, e a diferença entre pessoas.
Desenhar um homem é muito diferente de desenhar uma mulher. Com homens, você pode ser mais solto e menos preciso na sua retratação; pequenas imperfeições podem muitas vezes dar personalidade. Seu desenho de uma mulher, entretanto, tem que ser perfeito; uma única linha mal colocada pode envelhecê-la dramaticamente ou fazê-la parecer chata ou feia. Daí, ninguém vai comprar seu quadrinho!
Para o leitor acreditar na sua história, seus personagens devem parecer ter uma vida e personalidade próprias.
Seus gestos físicos devem parecer emanar das forças, fraquezas e incertezas de sua personalidade. O corpo se transforma quando é trazido à vida; existe uma mensagem em sua estrutura, na distribuição de sua gordura, em cada músculo, em cada ruga, dobra ou defeito da face e do corpo. Isso se torna um estudo da vida.
5. Quando você começa uma história, você pode começa-la sem saber tudo, mas você deve tomar notas ao longo do caminho a respeito das particularidades do mundo em sua história. Tais detalhes vão providenciar a seus leitores características reconhecíveis que vão despertar seu interesse.
Quando um personagem morre em uma história, a não ser que ele tenha tido sua história pessoal retratada de alguma maneira em seu rosto, corpo ou atitude, o leitor não vai ligar; seu leitor não vai ter nenhuma conexão emocional.
Seu editor pode dizer, “sua história não tem valor; só tem um cara morto – eu preciso de vinte ou trinta caras mortos pra isso funcionar.” Mas isso não é verdade; se o leitor sente que o cara morto ou caras ferido ou machucados ou quem quer que esteja em apuros tenha uma personalidade vinda de seus próprios estudos da natureza humana – com a capacidade de um artista para tais observações – emoções irão surgir.
Por meio de tais estudos você irá desenvolver e ganhar a atenção de outros, além de compaixão e amor pela humanidade.
Isso é muito importante pro desenvolvimento de um artista. Se ele quer funcionar como um espelho da sociedade e humanidade, este espelho deve conter a consciência do mundo inteiro; ele deve ser um espelho que vê tudo.
6. Alejandro Jodorowsky diz que eu não gosto de desenhar cavalos mortos. Bem, é muito difícil.
Também é muito difícil desenhar um corpo dormindo ou alguém que foi abandonado, porque na maioria dos quadrinhos é sempre a ação que está sendo estudada. É muito mais fácil desenhar pessoas lutando – é por isso que os americanos quase sempre desenham super-heróis. É muito mais difícil desenhar pessoas que estão conversando, porque isso é uma série de pequenos movimentos – pequenos, mas cheios de significado.
Isso conta mais por causa de nossa necessidade humana por amor ou pela atenção dos outros. São essas pequenas coisas que falam de personalidade, da vida. A maioria dos super-heróis não tem nenhuma personalidade; todos eles usam os mesmos gestos e movimentos.
7. Igualmente importante são as roupas de seus personagens e o material de que elas são feitas.
As texturas delas criam uma visão das experiências de seus personagens, de suas vidas e de seu papel em sua aventura de uma forma que muito pode ser dito sem palavras.
Em um vestido existem mil dobras; você tem que escolher duas ou três – não desenhe todas. Apenas se certifique que você escolheu as duas ou três boas dobras.
8. O estilo, a continuação estilística de um artista e sua apresentação pública são cheias de símbolos; eles podem ser lidos como uma baralho de tarô.
Eu escolhi meu nome “Moebius” como uma piada quando eu tinha 22 anos – mas, na verdade, o nome veio a resoar com significado.
Se você chega usando uma camiseta do Don Quixote, isso me diz quem você é.
No meu caso, fazer um desenho de relativa simplicidade e indicações sutis é importante pra mim.
9. Quando um artista, um verdadeiro artista, sai na rua, ele não vê as coisas da mesma maneira que uma pessoa “normal”.
Sua visão única é crucial para documentar um meio de vida e as pessoas que vivem nele.
10. Outro elemento importante é a composição.
A composição em nossas histórias deve ser estudada porque uma página ou uma pintura ou um painel é uma face que olha o leitor e fala com ele. Uma página não é apenas uma sucessão de painéis insignificantes.
Existem painéis que são cheios, outros que são vazios, alguns são verticais, outros horizontais; todos são indicações das intenções do artista.
Painéis verticais excitam o leitor, horizontais o acalmam.
Para nós do mundo ocidental, movimento em um painel da esquerda pra direita representa uma ação para o futuro. Movimento da direita pra esquerda move a ação para o passado. As direções que indicamos representam uma dispersão de energia. Um objeto ou personagem colocado no centro de um painel foca e concentra energia e atenção.
Estes são símbolos e formas básicas de leitura que evocam no leitor uma fascinação, uma forma de hipnose. Você deve ser consciente do ritmo e colocar armadilhas pro leitor cair pra, quando ele cair, ele se perca, permitindo que você o manipule e mova dentro de seu mundo com facilidade e prazer. Isso porque o que você criou é um estudo da vida.
Você deve estudar os grandes pintores, especialmente os que falam por suas pinturas. Suas escolas de pintura, gêneros ou períodos em que trabalharam não devem importar.
Sua preocupação com composição física e emocional devem ser estudada pra que você aprenda como sua combinação de linhas serve pra nos tocar diretamente em nossos corações.
11. A narração deve harmonizar com os desenhos. Tem que existir um ritmo visual criado pela colocação dos textos. O ritmo de seu roteiro deve refletir na sua cadência visual e na forma como você comprime e expande o tempo.
Como um cineasta, você deve ter muito cuidado em como você escolhe seus personagens e como você os dirige. Use seus personagens ou “atores” como um diretor, estudando e depois selecionando dentre todos os takes dele.
12. Cuidado com a influência devastadora dos quadrinhos norte-americanos.
Os artistas mexicanos (também se aplica aos brasileiros) parecem estudar apenas seus efeitos superficiais; um pouco de anatomia misturado a composições dinâmicas, monstros, lutas, gritos e dentes. Eu gosto de algumas dessas coisas também, mas existem muitas outras possibilidades e expressões que também merecem sua exploração.
13. Existe uma conexão entre música e desenho. O tamanho dessa conexão depende de sua personalidade e o que está acontecendo no momento.
Nos últimos 10 anos eu tenho trabalhado em silêncio; pra mim, existe música no ritmo de minhas linhas. Desenhar muitas vezes é uma procura por descobertas. Uma linha precisa, belamente executada é como um orgasmo!
14. Cor é uma linguagem que o artista gráfico usa pra manipular a atenção de seu leitor além de criar beleza.
Existem cores objetivas e subjetivas. O estado emocional dos personagens pode mudar e influenciar a cor de um painel a outro, assim como lugar e hora do dia. Um estudo especial e atenção devem ser dados à linguagem da cor.
15. No começo da carreira de um artista, ele deve se envolver na criação de histórias curtas de alta qualidade. Ele tem mais chance (do que com histórias longas) de completá-las com sucesso, enquanto mantém um alto padrão de qualidade. Também será mais fácil coloca-las em um livro ou vendê-las a uma editora.
16. Tem horas que sabemos estar seguindo um caminho de fracasso, escolhendo o tema ou assunto errado pras nossas capacidades, ou escolhendo um projeto que é muito grande, ou uma técnica que não combina.
Se isso acontecer, você não deve reclamar depois.
17. Quando um trabalho novo é enviado a um editor e é rejeitado, você deve sempre perguntar e tentar descobrir as razões pra rejeição.
Estudar as razões de nosso fracasso, só assim podemos começar a aprender. Não é sobre ter problemas com nossas limitações, com o público ou com os editores.
Você deve tratar isso de uma maneira mais aikido. É a própria força e poder de seu adversário que são usados como a chave de sua derrota.
18. Hoje é possível expor nossos trabalhos pra leitores em qualquer parte do planeta. Precisamos estar sempre conscientes disso.
Pra começar, desenhar é uma forma de comunicação pessoal – mas isso não significa que um artista deve se fechar dentro de uma bolha. Sua comunicação deve ser pra aqueles esteticamente, filosoficamente e geograficamente próximos a ele, assim como para si mesmo – mas também pra totais estranhos.
Desenhar é um meio de comunicação pra grande família que ainda não encontramos, para o público e para o mundo.
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