Poetria

"Último Natal,

Menino Jesus,
que nasces
Quando eu morro,
E trazes a paz
Que não levo,
O poema que te devo
Desde que te aninhei
No entendimento,
E nunca te paguei
A contentoDa devoção,
Mal entoado,

Aqui te fica mais uma vez
Aos pés,
Como um tição
Apagado,
Sem calor que os aqueça.
Com ele me desobrigo e desengano:
És divino, e eu sou humano,
Não há poesia em mim que te mereça."



Sonhar sempre, para além da injustiça, da catástrofe e do desespero, eis a suprema urgência!

Que o sonho e a poesia tragam luz e humanidade a este Natal e que o ano de 2011 inaugure o fim de todos os cansaços e tristezas.

Estes são os nossos votos mais ardentes para todos os que nos têm acompanhado ao longo do caminho árduo que vamos abrindo com estrelas, e a quem dedicamos o poema de Miguel Torga que enviamos em anexo.

POETRIA

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