No próximo dia 25, os Vianenses são chamados a votar a integração de Viana do Castelo na Comunidade Intermunicipal (CIM) Minho-Lima.
Este facto, isolado dos restantes municípios do país, levanta logo a questão:
-Por que só em Viana do Castelo se chegou a este extremo para decidir o óbvio?
Há razões profundas, antigas, no relacionamento entre autarcas no Alto-Minho que ajudam a compreender a divergência, bem patentes na campanha do movimento que defende a não integração. As evidências têm sido públicas e estão na rua: Defensor Moura, primeiro subscritor do movimento que se opõe à integração na CIM Minho-Lima, teme perder o poder, segundo diz. Este é o problema que move o Presidente da Câmara de Viana do Castelo, o Poder Unitário que não é capaz de partilhar. Por isso, numa estratégia política de entronização do EU, recorre ao isolamento para destoar dos demais colegas dos restantes nove municípios do Minho-Lima, numa acção que visa atribuir a si próprio uma superioridade excessiva. E fá-lo com o argumento de que está a libertar o município de Viana do Castelo das regras que são válidas para os outros 307 municípios do país. Este é um jogo fatídico para Viana do Castelo, um jogo perigoso que deve ser rejeitado pelos cidadãos através do voto, votando SIM. Esta é uma estratégia política que só serve os interesses do político Defensor Moura, encerrado no isolamento do seu egoísmo, bem visível nos cartazes que tem espalhados pelo concelho. Neles não se veiculam ideias sustentáveis, pelo contrário, impõe-se um rosto. Esta estratégia não pretende esclarecer nem debater o que de facto vai ser referendado, mas confundir o trabalho da Câmara Municipal de Viana do Castelo, personalizado no seu presidente, para desviar a atenção e esconder as consequências da não integração.
Escondem-se as ideias para afirmar a vontade de uma pessoa e de sua glória. A opção sai reforçada pela chantagem que Defensor Moura, presidente da edilidade, faz quando afirma que, se o SIM vencer, se demitirá e que os Vianenses terão então de arranjar outra pessoa para presidir aos destinos da autarquia. Esta atitude demonstra que Defensor Moura errou na opção que fez pela não integração, pois não foi nem é capaz de compreender a época em que vivemos e revela pensamento que vai contra o sentido da História e da actualidade. Este é mais um exemplo de que a opção pela não integração não acompanha a evolução das ideias, não compreende o sentido dos acontecimentos, económico e sociais sobretudo, que reclamam novas formas de gerir o território e os dinheiros públicos, nem as respectivas consequências para o quotidiano dos cidadãos. Vivemos num mundo em mudança. É preciso mudar, particularmente o que é e ou está errado.
Viana do Castelo é, naturalmente, capital do Minho-Lima, que precisa de um concelho líder para se afirmar no espaço regional e nacional. É de lideranças que se constroem as comunidades.
Não é aceitável que os responsáveis autárquicos façam como Penélope, que, para enganar seus pretendentes, tecia de dia o manto que à noite desfazia, para adiar a promessa que lhes fizera. Como aceitar que o discurso daqueles que, por um lado defendem a gestão partilhada dos recursos públicos, por outro, perante a naturalidade de integrar uma comunidade intermunicipal, refugiam-se na falsa questão da proporcionalidade representativa da população de cada concelho nos órgãos? - Conselho Executivo e Assembleia Intermunicipal -, esgrimindo argumentos contra, os mesmos com os quais o primeiro subscritor do não convive há décadas, em benefício do poder que protagoniza.
A proporcionalidade presente na CIM Minho-Lima é a mesma com que os municípios de Aveiro, Braga, Bragança ou Faro estão representados nas respectivas comunidades, ao lado de municípios como Ílhavo, Amares, Freixo de Espada à Cinta ou Vila do Bispo, respectivamente.
Onde está o problema?
Não desejarão os presidentes daqueles municípios o melhor para as respectivas freguesias?
A proporcionalidade representativa nas CIMs tem também um fim pedagógico, como o da criação e uma nova mentalidade na gestão do território e dos recursos públicos assente na solidariedade, na subsidiariedade, na partilha, harmonizando e favorecendo lideranças naturais, não a imposição do Poder pelo Poder. Este é o problema dos que tão afincadamente, embora sem argumentação plausível nem razoável, querem excluir Viana do Castelo do acesso a projectos e aos fundos estruturais da União Europeia através do QREN.
É lamentável que os defensores do não sacrifiquem o interesse colectivo municipal a favor de questões de orgulho pessoal, jogando na campanha todo o capital e influência política autárquica, com prejuízo para o futuro de Viana do Castelo e da região.
É birra de “menino da bola” chantagear os eleitores. É ingrato que alguém se tenha servido de um partido para chegar ao poder para mais tarde jogar o poder contra a convivência democrática, como faz Defensor Moura, numa variação constante de humor.
Assim, porque a campanha do Movimento pelo SIM evidencia e torna claro que, fora da CIM, Viana do Castelo só perde, porque desmente a confusão que sobre os munícipes os oponentes à adesão criaram, porque excluído o município e seus habitantes nada ganham, porque esta questão só se colocou por razões de estratégia política e de foro pessoal que não serve o interesse público, no dia 25 de Janeiro, sem ceder a qualquer tipo de chantagem ou falso argumento, vamos todos votar por Viana do Castelo, pelo Alto-Minho e pelo desenvolvimento futuro. Votar SIM é, obviamente, Natural.
Aristides Sousa
Este facto, isolado dos restantes municípios do país, levanta logo a questão:
-Por que só em Viana do Castelo se chegou a este extremo para decidir o óbvio?
Há razões profundas, antigas, no relacionamento entre autarcas no Alto-Minho que ajudam a compreender a divergência, bem patentes na campanha do movimento que defende a não integração. As evidências têm sido públicas e estão na rua: Defensor Moura, primeiro subscritor do movimento que se opõe à integração na CIM Minho-Lima, teme perder o poder, segundo diz. Este é o problema que move o Presidente da Câmara de Viana do Castelo, o Poder Unitário que não é capaz de partilhar. Por isso, numa estratégia política de entronização do EU, recorre ao isolamento para destoar dos demais colegas dos restantes nove municípios do Minho-Lima, numa acção que visa atribuir a si próprio uma superioridade excessiva. E fá-lo com o argumento de que está a libertar o município de Viana do Castelo das regras que são válidas para os outros 307 municípios do país. Este é um jogo fatídico para Viana do Castelo, um jogo perigoso que deve ser rejeitado pelos cidadãos através do voto, votando SIM. Esta é uma estratégia política que só serve os interesses do político Defensor Moura, encerrado no isolamento do seu egoísmo, bem visível nos cartazes que tem espalhados pelo concelho. Neles não se veiculam ideias sustentáveis, pelo contrário, impõe-se um rosto. Esta estratégia não pretende esclarecer nem debater o que de facto vai ser referendado, mas confundir o trabalho da Câmara Municipal de Viana do Castelo, personalizado no seu presidente, para desviar a atenção e esconder as consequências da não integração.
Escondem-se as ideias para afirmar a vontade de uma pessoa e de sua glória. A opção sai reforçada pela chantagem que Defensor Moura, presidente da edilidade, faz quando afirma que, se o SIM vencer, se demitirá e que os Vianenses terão então de arranjar outra pessoa para presidir aos destinos da autarquia. Esta atitude demonstra que Defensor Moura errou na opção que fez pela não integração, pois não foi nem é capaz de compreender a época em que vivemos e revela pensamento que vai contra o sentido da História e da actualidade. Este é mais um exemplo de que a opção pela não integração não acompanha a evolução das ideias, não compreende o sentido dos acontecimentos, económico e sociais sobretudo, que reclamam novas formas de gerir o território e os dinheiros públicos, nem as respectivas consequências para o quotidiano dos cidadãos. Vivemos num mundo em mudança. É preciso mudar, particularmente o que é e ou está errado.
Viana do Castelo é, naturalmente, capital do Minho-Lima, que precisa de um concelho líder para se afirmar no espaço regional e nacional. É de lideranças que se constroem as comunidades.
Não é aceitável que os responsáveis autárquicos façam como Penélope, que, para enganar seus pretendentes, tecia de dia o manto que à noite desfazia, para adiar a promessa que lhes fizera. Como aceitar que o discurso daqueles que, por um lado defendem a gestão partilhada dos recursos públicos, por outro, perante a naturalidade de integrar uma comunidade intermunicipal, refugiam-se na falsa questão da proporcionalidade representativa da população de cada concelho nos órgãos? - Conselho Executivo e Assembleia Intermunicipal -, esgrimindo argumentos contra, os mesmos com os quais o primeiro subscritor do não convive há décadas, em benefício do poder que protagoniza.
A proporcionalidade presente na CIM Minho-Lima é a mesma com que os municípios de Aveiro, Braga, Bragança ou Faro estão representados nas respectivas comunidades, ao lado de municípios como Ílhavo, Amares, Freixo de Espada à Cinta ou Vila do Bispo, respectivamente.
Onde está o problema?
Não desejarão os presidentes daqueles municípios o melhor para as respectivas freguesias?
A proporcionalidade representativa nas CIMs tem também um fim pedagógico, como o da criação e uma nova mentalidade na gestão do território e dos recursos públicos assente na solidariedade, na subsidiariedade, na partilha, harmonizando e favorecendo lideranças naturais, não a imposição do Poder pelo Poder. Este é o problema dos que tão afincadamente, embora sem argumentação plausível nem razoável, querem excluir Viana do Castelo do acesso a projectos e aos fundos estruturais da União Europeia através do QREN.
É lamentável que os defensores do não sacrifiquem o interesse colectivo municipal a favor de questões de orgulho pessoal, jogando na campanha todo o capital e influência política autárquica, com prejuízo para o futuro de Viana do Castelo e da região.
É birra de “menino da bola” chantagear os eleitores. É ingrato que alguém se tenha servido de um partido para chegar ao poder para mais tarde jogar o poder contra a convivência democrática, como faz Defensor Moura, numa variação constante de humor.
Assim, porque a campanha do Movimento pelo SIM evidencia e torna claro que, fora da CIM, Viana do Castelo só perde, porque desmente a confusão que sobre os munícipes os oponentes à adesão criaram, porque excluído o município e seus habitantes nada ganham, porque esta questão só se colocou por razões de estratégia política e de foro pessoal que não serve o interesse público, no dia 25 de Janeiro, sem ceder a qualquer tipo de chantagem ou falso argumento, vamos todos votar por Viana do Castelo, pelo Alto-Minho e pelo desenvolvimento futuro. Votar SIM é, obviamente, Natural.
Aristides Sousa
Nota: As ideias expressas neste artigo de opinião são da inteira responsabilidade do seu autor, não havendo qualquer vínculo do blog a qualquer corrente de opinião sobre os temas abordados.
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